Algo fascinante nos livros é que eles conservam, apesar de nossos vãos esforços por fixar uma interpretação, o infinito. É dizer que os livros, quietos nas estantes das casas, nos fundos de livrarias, nas bibliotecas, conservam um poder e um mistério: o poder de sempre luzir sob uma luz diferente, que é a consciência de seu novo leitor; o mistério de replicar seus sentidos a uma potência de base infinita, porque nenhum leitor é como outro. São esse mistério e esse poder que definem os livros como algo fora da tirania, um objeto incompatível com a tirania do intérprete.
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