Será quem me vêm buscar os anjos
amanhã mesmo?
Que idiomas devo decorar
na última noite de sono
- que sons, que letras, que gestos -
diante da passagem final?
Afinal, todos vamos
jamais acostumados à ideia
e nunca de mãos dadas
todos vamos embora.
Mas que idioma, pergunto
se devo esboçar algo que
pareça um riso
ou devo levar o rosto sério.
Virão graves e em silêncio
ou será o arrebatamento
como estar no pátio escolar
entre o banzo infinito
frio e indiferente
de crianças que nem pensam
no sino final?
Luis Gustavo Cardoso
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